quarta-feira, 20 de abril de 2011

Minha vida quase nômade

Por meio desta, eu confesso: Quando eu penso que sei todas as respostas, a minha vida vem, e muda todas as perguntas.


              Aos onze anos de idade, há quase 7 anos atrás, saí da minha cidade (Itamira) para estudar em Alagoinhas (Êxodo rural, rsrs). Minhas idas a Itamira se restringiram aos finais de semana. Foi sofrido o processo de adaptação: lugar novo, moradia nova, pessoas novas, colégio novo, enfim, incontáveis novidades. Quem já foi novato em algum lugar sabe bem qual é a sensação, as pessoas te olham de um jeito estranho e se você não for extrovertido o suficiente e tiver uma dose a mais de azar (que é o meu caso), o entrosamento se torna custoso no início.
No entanto, não é sobre minhas experiências como novata numa cidade completamente estranha e num colégio completamente estranho que eu quero falar.
Estou prestes a me mudar novamente. Não sei exatamente quando, mas, é algo que já foi pensado e decidido e só me restou aceitar.
Não é que eu esteja fazendo drama, pode parecer bobagem da minha parte, mas pensar em sair daqui me deixa realmente triste
Sim, eu sofro por antecipação.
Vou sentir falta de Alagoinhas (com exceção do clima), da minha casinha, do cursinho, e principalmente dos meus melhores amigos. Este ano em especial, conheci pessoas adoráveis e é uma pena ter que sumir do convívio delas assim. Só de pensar em ter que ficar longe da “minha gente” muito antes do que o previsto, pensar que não vou vê-los mais todos os dias, ou toda semana, me parte o coração. E pensar na falta que vão fazer os abraços, o ombro amigo, as resenhas, a perturbação, o carinho, o coleguismo e também o afeto, me angustia.     
É! Definitivamente eu sofro por antecipação.
Sei que em algum momento vou “superar” isso. A vida é assim mesmo, cheia das suas surpresas, e delas sequer podemos escapar. O que se tem a fazer nesses momentos de transformações é simplesmente seguir em frente. E quanto aos amigos, aproveitar cada instante com eles enquanto ainda estou por aqui, manter o contato, e sempre que possível ir vê-los. Estudar mais, buscar ver o melhor de todas as situações e procurar aproveitar as oportunidades que a vida dá. Afinal, nada é 100% bom ou 100% ruim. 


“Sinto que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente...”
( Tocando em frente – Almir Sater)

Larissa Oliveira,          Alagoinhas - Ba